domingo, 30 de novembro de 2008

Saída de Campo



Historiador sofre?

até pode ser que a gente 'sofra',

mas também tem muita coisa legal nesta vida de quem gosta de 'cavocar' em arquivos e em sítios.

Neste final de semana fomos em uma saída de campo para as missões jesuíticas

Muito legal.

Esta foto é de hoje pela manhã (a máquina que tá desregulada)... não se apeguem na data.

Depois posto mais fotos (lindas) e um vídeo bem legal, de um operador de telégrafo explicando como funciona... bem didático, espero que seja útil.

Por enquanto é isso, uma fotinho minha prá começar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Razões da Revolução Mexicana

O crescimento do México foi impulsionado no capitalismo agrário, industrial e financeiro ocorrido nas últimas décadas do século XIX (período do governo ditador de Porfírio Diaz).
A questão agrária foi fundamental para a eclosão da Revolução Mexicana. Segundo ALTMANN, a revolução mexicana foi uma revolução do capitalismo em seus moldes clássicos, com seu desenvolvimento a partir do campo. (p.33)
A agricultura tradicional, que interessava à parte mais importante do campesinato, entrou em acentuado declínio. A população indígena foi paulatinamente expulsa de suas terras, houve a formação dos primeiros grandes latifúndios, através a apropriação dos territórios indígenas e das terras da Igreja. De 1889 a 1893 mais de 10 milhões de hectares passaram das comunidades indígenas às mãos dos latifundiários. Simultaneamente, houve o aumento da pupulação proletarizada no campo, que se tornou proporcionalmente maior em relação à população total.
O empobrecimento desta população agrária (maioria) e a falta de perspectivas para a sustentação de um desenvolvimento da economia industrial fomentou movimentos revolucionários, fundamentados na luta pela terra com a bandeira da reforma agrária.
A revolução foi palco de reinvindicações de direitos que a população rural sentia usurpados. Foi motivada pelo desejo de reconquistar o passado e torna-lo vivo no presente.
Vários focos revolucionários se formaram no interior do México, estourando em fins de 1910 a Revolução Mexicana.
Barbara Lucas - 2008/02

domingo, 9 de novembro de 2008

Pacha Mama

A Deusa Pachamama é atualmente, a Deusa da Terra do Quecha (fazendeiros da comunidade isolada da montanha), assim como de todos os Peruanos, Bolivianos e de todo o nordeste da Argentina.

"Pacha" significa "tempo" na língua Kolla, mas seu significado engloba o universo, o mundo, o tempo, o lugar, enquanto que "Mama" é mãe. A Pachamama agrega um deus feminino, que produz e agrega. Ela é adorada em suas várias formas: os campos arados, as montanhas como seios e os rios caudalosos como seu leite. Refere-se também, ao tempo que cura as dores, que distribui as estações e que fecunda a Terra. Esta Mãe Terra teve seu culto idolatrado por todo o Império, pois era a encarregada de propiciar a fertilidade nos campos. Para garantir uma boa colheita, espalha-se farinha de trigo na plantação e celebram-se rituais em sua homenagem.

A Pachamama é considerada a Mãe dos homens, é ela que amadurece os frutos e multiplica o ganho. Tem o poder que lhe permite acabar com as geadas, pragas, assim como outorga sorte as casas. Também é conveniente solicitar sua permissão e proteção para viajar por territórios montanhosos. A sua influência benéfica impede que o "mal das alturas" afetem os viajantes.

Dizem que Pachamama é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses indígenas lhe devem obediência. Quando as pessoas deixam de respeitá-la, esta Deusa-dragão manda terremotos para lembrar os homens de sua presença.

Toda a natureza constitui o templo desta Deusa, mas dizem que sua morada encontra-se no Carro Branco (Nevado de Cachi) e conta-se que no cume existia um lago. Esta ilha é habitada por um touro de chifres dourados, que ao bramar emite pela boca nuvens de tormenta. A Pachamama é descrita como sendo uma índia de estatura baixa, com pés grandes, com um sombrero na cabeça e que aparece sempre acompanhada por um cachorro preto muito feroz. As víboras se tornam dóceis com sua presença e por vezes ela as faz de laço.


A Pachamama é considerada ainda, a criadora do Sol, da Lua e das Quatro Pachamitas, as estações, e como Deusa celeste habita a Constelação do Cruzeiro do Sul. Um mito sagrado conta que no princípio dos tempos Ela desceu das estrelas à terra para criar a vida.

Pachamama também é uma Deusa Tríplice que habita: o Céu "Janaj Pacha", a Terra "Kay Pacha" e as Profundidades "Ukhu Pacha". A oferenda de 1 de Agosto celebra essa tripla dimensão com o simbolismo das pedras, do céu e das estrelas.

A comida e a bebida: são os frutos de seu corpo terrestre.

O poço: seu útero e sua presença nas profundezas da terra.

Entre muitas crenças relacionadas com a PACHAMAMA, há uma advertência, que avisa que durante todo o mês de agosto, deve-se fazer uma cruz antes de sentar-se no solo e não tomar muito sol, pois a terra está aberta e faminta e pode nos levar.

Para a cosmogonia indígena andina, a chuva é masculina e Pachamama é sedenta, e é por isso que as sementes emprenham quando chove.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Música nativista não reflete o povo do RS

Música nativista não reflete o povo do RS, diz músico
 

A música e as danças usadas como símbolo do Rio Grande do Sul não refletem o povo gaúcho. Na avaliação do músico popular Pedro Munhoz, essa cultura difundida nas festividades do 20 de Setembro e perpetuada nas gravadoras, nos festivais e nos programas nativistas da televisão apenas cria no imaginário da população uma cultura que nunca foi a sua.

A reportagem é de Raquel Casiraghi e publicada pela Agência de Notícias Chasque, 19-09-2008.

Nem mesmo historicamente, analisa Munhoz, já que a tão festejada Revolução Farroupilha foi uma guerra dos latifundiários regionais contra o governo imperial. As danças, as músicas e os manuais criados nas décadas de 30 e 40 apenas reproduzem os costumes e fortalecem o domínio das classes gaúchas mais abastadas. A função do peão, destinada na história para o pobre branco e em algumas exceções para os negros, acabou sendo romantizada na cultura.

"A música, a cultura do Rio Grande expressa o latifúndio em toda a sua integralidade. Inclusive isso parte de músicos populares do estado, poetas, compositores, que muitos não têm ligação com o latifúndio mas que expressa esse interesse. A música do RS, eu diria que é uma das poucas que é tão arraigada a esse processo de poder. Tanto é que a Revolução Farroupilha é das poucas guerras no Brasil que não partiu do seio popular, não se criando nenhum vínculo com o povo. Cria-se através de quem criou todo esse processo ", argumenta.

O músico também critica o Movimento Nativista, criado na década de 70. Para Munhoz, o movimento apenas serviu para impor ainda mais essa cultura como sendo a do povo gaúcho. Ele defende a união dos artistas populares como alternativa ao estilo "Galpão Crioulo" dos programas de TV e dos festivais.

"Nas histórias dos festivais do RS tem muita coisa boa, muitos compositores bons, mas houve uma 'seleção natural' ou uma cooptação onde o que ficou é quem acena e quem concorda com o estabelecido. Então a música e a cultura gaúcha também estão ligadas a todo esse processo da indústria cultural em que se faz toda uma releitura das culturas regionais para que vire um produto de venda. Se existe o mercado urbano de música também existe o regional", diz.
http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=16804

 

Estou há tempos para escrever sobre isso, mas esta matéria sintetiza super bem o meu pensamento.

Vivemos 'adorando' uma cultura que não é a nossa. É uma fantasia, que reforça a questão da desigualdade social e da supremacia de uma classe sobre outra.

Sem falar da questão de raça, lembrando do negro, que foi massacrado nesta guerra.

Enfim, espero que ajude a repensar sobre o que realmente representa o povo gaúcho, uma miscelânea de etnias...

Se não fossem os imigrantes, o estado teria sucumbido após esta guerra de poder, o trabalho COOPERATIVADO dos imigrantes foi o que garantiu a sobrevivência econômica.

Trabalho nas 'picadas', promovendo os pequenos produtores rurais (ex sem-terra) vivendo em regime de cooperação comunitária.

Vale realmente a pena repensar sobre o que somos nós, gaúchos... estancieiros???? acho que não hein?!?!?!

 

 

 
 

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

[Mitologia Grega] Megeras - Erínias - Fúrias

As Erínias (Fúrias para os romanosFuriæ ou Diræ) eram personificações da vingança, semelhantes a Nêmesis. Enquanto Nemesis punia os deuses, as Erínias puniam os mortais. Eram Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável).

Viviam nas profundezas do Hades, onde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. Nasceram das gotas do sangue que caíram sobre Gaia quando o deus Urano foi castrado por Cronos. Pavorosas, possuíam asas de morcego e cabelo de serpente.

As Erínias, deusas encarregadas de castigar os crimes, especialmente os delitos de sangue, são também chamadas Eumênides (Εὐμενίδες), que em grego significa as bondosas ou as Benevolentes, eufemismo usado para evitar pronunciar o seu verdadeiro nome, por medo de atrair sobre si a sua cólera. Em Atenas, usava-se como eufemismo a expressão Semnai Theai (σεμναὶ θεαί), ou deusas veneradas.

Na versão de Ésquilo, as Erínias são filhas da deusa Nix, da noite.

Supunha-se elas serem muitas, mas na peça de Ésquilo elas são apenas três, que encarregavam-se da vingança e habitam, segundo as versões, o Erebo ou o Tártaro, o inframundo, onde descansam até que são de novo reclamadas na Terra. Os seus nomes são:

  • Alecto, (Ἀληκτώ, a implacável), eternamente encolerizada. Encarrega-se de castigar os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba, etc. Tem um papel muito similar ao da Deusa Nêmesis, com diferença de que se esta se ocupa do referente aos deuses, Alecto tem uma dimensão mais "terrena". Alecto é a Erínia que espalha pestes e maldições.Seguia o infrator sem parar, ameaçando-o com fachos acesos, não o deixando dormir em paz
  • Megaira, que personifica o rancor, a inveja, a cobiça e o ciúme. Castiga principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade. É a Erínia que persegue com a maior sanha, fazendo a vítima fugir enternamente.Terceira das fúrias de Ésquilo, grita ininterruptamente nos ouvidos do criminoso, lembrando-lhe das faltas que cometera
  • Tisífone, a vingadora dos assassinatos (patricídio, fraticídio, homicídio...). É a Erínia que açoita os culpados e enlouquece-os.

As Erínias são divindades ctónicas presentes desde as origens do mundo, e apesar de terem poder sobre os deuses, não estando submetidas á autoridade de Zeus, vivem às margens do Olimpo, graças à rejeição natural que os deuses sentem por elas (e é com pesar que as toleram, pois devem fazê-lo). Por outro lado, os homens têm-lhe pânico, e fogem delas. Esta marginalidade e a sua necessidade de reconhecimento são o que, segundo conta Ésquilo, as Erínias acabam aceitando o veredicto de Atena, passando mesmo por cima da sua inesgotável sede de vingança.

Eram forças primitivas da natureza que atuavam como vingadoras do crime, reclamando com insistência o sangue parental derramado, só se satisfazendo com a morte violenta do homicida. Porém, posto que o castigo final dos crimes é um poder que não corresponde aos homens (por mais horríveis que sejam), estas três irmãs se encarregavam do castigo dos criminosos, perseguindo-os incansavelmente até mesmo no mundo dos mortos, pois seu campo de ação não tem limites. As Erínias são convocadas pela maldição lançada por alguém que clama vingança. São deusas justas, porém implacáveis, e não se deixam abrandar por sacrifíos nem suplícios de nenhum tipo. Não levam em conta atenuantes e castigam toda ofensa contra a sociedade e a natureza, como por exemplo, o perjúrio, a violação dos rituais de hospitalidade e, sobretudo, os assassinatos e crimes contra a família.

As Erínias são representadas comumente como mulheres aladas de aspecto terrível, com olhos que escorrem sangue no lugar de lágrimas e madeixas trançadas de serpentes, estando muitas vezes acompanhadas por muitos destes animais.Aparecem sempre empunhando chicotes e tochas acesas, correndo atrás dos infratores dos preceitos morais.

Na Antigüidade, sacrificavam-lhes carneiros negros, assim como libações de nephalia (νηφάλια), ou hidromel.

Existe na Arcadia um lugar em que se atopam dois santuários consagrados às Erínias. Num deles, elas recebem o nome de Maniai (Μανίαι, as que volvem todos). Neste lugar, segundo a lenda relatada por Ésquilo na sua trajedia As Eumênides, perseguem a Orestes pela primeira vez, vestidas de negro. Perto dali, e segundo conta Pausânias, apontava-se outro santuário onde o seu culto associava-se ao das Cárites, deusas do perdão. Neste santuário purificaram a Orestes, vestidas completamente de branco. Orestes, uma vez curado e perdoado, aplicou um sacrificio expiatorio às Maniai.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Lampião - Rei do Cangaço

Conheça as seis principais lendas sobre Lampião

Histórias sobre cangaceiro ainda assustam os nordestinos.
Pesquisador conta quais foram os fatos que fizeram a fama de mau do rei do cangaço.
Glauco Araújo do G1, em Paulo Afonso (BA)
 
O medo provocado pela presença física ou até mesmo pelas histórias e lendas contadas sobre Lampião ainda persiste. O rei do cangaço morreu há 70 anos, na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), durante uma emboscada montada pelos policiais. O cangaço terminou em 1940, mas mesmo assim as pessoas, principalmente no Nordeste do país, sentem desespero quando se fala em Lampião.

O G1 conversou com João Souza Lima, considerado um dos principais historiadores do cangaço. Ele vive em Paulo Afonso (BA), onde há décadas vem levantando informações sobre a biografia do principal casal de cangaceiros: Maria Bonita e Lampião. É ele quem revela os seis principais mitos e lendas que percorreram vários estados do país e que ainda persistem.

Testículos na gaveta

Segundo Lima, uma dessas lendas revelava que um sujeito estava cometendo incesto e foi flagrado por Lampião. O cangaceiro separou os dois irmãos e foi conversar com o rapaz. Ele falou para o homem que era para colocar os testículos na gaveta e fechar com chave. Lampião, então, colocou um punhal sobre o criado-mudo e disse: "Volto em dez minutos, se você ainda estiver aqui eu te mato". "A crueldade de Lampião estaria em fazer a tortura e obrigar o sujeito a cortar sua masculinidade para continuar vivo", disse o historiador.

Crianças no punhal

Em outra história lembrada pelo pesquisador, a população, com medo da fama de violento de Lampião, acreditava em todas as histórias sobre o cangaço. Uma delas foi criada com o objetivo de afugentar os sertanejos que ajudavam a esconder os cangaceiros, os conhecidos coiteiros. As volantes (polícia da época) espalharam que Lampião matava crianças com punhal. Segundo uma das histórias contadas pelos policiais, o cangaceiro jogava as crianças para o alto e as parava com um punhal.

Lampião macaco

Outro relato que se espalhou conta a história de que Lampião só conseguia se esconder na mata durante as perseguições das volantes porque subia nas árvores e fugia pelos galhos das copas. Lima disse que isso foi publicado em um livro sobre o cangaço como se fosse verdade e muita gente ainda acredita nessa história, desmentida por ele e outros especialistas. "Quem conhece a caatinga sabe que na região onde Lampião passou e lutou não havia árvores com copas."

Você fuma?

Lima lembra de outro caso: Lampião teria sentido vontade de fumar e sentido o cheiro da fumaça de cigarro. Ele caminha um pouco e encontra um sujeito fumando. O cangaceiro vai até o homem e pergunta se ele fuma. O indivíduo vira para olhar quem conversava com ele e, assustado por ver que era Lampião, responde com medo: "Fumo, mas se quiser eu paro agora mesmo!". 

História do sal

Outra lenda contada nas rodas de amigos no Nordeste até hoje é a de que Lampião chegou à casa de uma senhora e pediu que ela fizesse comida para ele e para os cangaceiros. Ela cozinhou e, com medo da presença de Lampião em sua casa, esqueceu de colocar sal durante o preparo.

Um dos cangaceiros do grupo de Lampião reclamou que a comida estava sem gosto. O rei do cangaço, então, teria pedido um pacote de sal para a mulher. Ele despejou o sal na comida servida ao cangaceiro reclamante e o forçou a comer todo o prato. O integrante do grupo de Lampião teria morrido antes mesmo de terminar de comer.

Lampião zagueiro

Para finalizar, Lima disse que, na década de 1960, uma empresa pesquisadora de petróleo no Raso da Catarina, em Paulo Afonso (BA), abriu uma pista de pouso para trazer os funcionários de outras regiões que iriam executar trabalhos de pesquisa. Vale salientar que não foi encontrado petróleo no local, apenas algumas reservas de gás. Na década de 1970, um estudioso do cangaço teria encontrado o campo de pesquisa parcialmente encoberto pelo mato e escreveu, em livro, que aquele seria um campo de futebol construído por Lampião. "O pesquisador ainda teria reportado, de maneira totalmente infundada, que o rei do cangaço teria atuado no time como zagueiro", disse Lima.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A LENDA DAS OBRAS DA SANTA ENGRÁCIA

 

Simão Pires, um cristão novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai fidalgo que não estava de acordo com o seu amor.

Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local.

Apesar de invocar a sua inocência foi preso e condenado à morte na fogueira que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado.

Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem.

Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão.

Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu.

Entretanto, um facto singular acontecia: as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia.

 

in site "Lendas de Portugal" / Cidade de Lisboa

domingo, 8 de junho de 2008

Religiões pentecostais e neopentecostais

Pois então...
estou fazendo um seminário de História das Religiões...
em função disto, fizemos uma visita a uma igreja pentecostal nesta sexta feira.
Realmente interessante.

Comecei a rascunhar uma análise do rito, logo vou postar aqui.

Antes disso, posto um pouco da história da Igreja visitada.

É muito interessante entender o contexto onde foi formada, e o perfil das pessoas para as quais falam estas manifestações religiosas.

Este assunto ainda vai dar o que pensar.


A Igreja Internacional da Graça de Deus é uma Igreja evangélica neopentecostal fundada pelo Missionário Romildo Ribeiro Soares (conhecido como Missionário R.R. Soares) em 1980, na Rua Lauro Neiva, no Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Romildo fundou a sua própria denominação logo após se separar de seu cunhado, o então pastor Edir Macedo (hoje bispo). Atualmente, possui um programa televisivo denominado Show da Fé, que é transmitido em horário nobre na Rede Bandeirantes e nas tardes e madrugadas da RedeTV!.

Trajetória de R. R. Soares - A Igreja Internacional da Graça de Deus atualmente possui uma rede de emissoras de televisão denominada RIT (Rede Internacional de Televisão) acessível nas principais cidades do Brasil, além de exibir um programa diário em horário nobre na Rede Bandeirantes, e também nas madrugadas da Band e na RedeTV! intitulado Show da Fé. O pregador dos programas se chama Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como R.R. Soares. Ele prega a Palavra de Deus (Bíblia) e segundo os adeptos, através dela muitas vidas são mudadas: curas, libertação de vícios, restauração de famílias. O programa Show da Fé mostra músicas, quadros como:"Novela da Vida Real", "O Missionário Responde", "Abrindo Coração" e ao final é realizada a oração da fé, na qual o missionário com bases bíblicas faz
oração em nome de Jesus.

Cunhado do conhecido Bispo Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus, ele rompeu relações com Edir Macedo em 1978 após desentendimentos teológicos. R.R.Soares não concordava com o caminho que o Edir Macedo tomava na direção da IURD. Houve então a cisão, e em 1980, fundou a Igreja Internacional da Graça de Deus.

Na Rua Lauro Neiva, no Município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, foi inaugurada o primeiro templo da denominação e foi se espalhando posteriormente para todo o Brasil e para outros países. A Igreja Internacional da Graça de Deus, é aceita e reconhecida como "Igreja Cristã Evangélica Legítima", pelas demais denominações e seus respectivos ministros.

Romildo foi criado na pequena cidade de Muniz Freire, no Espírito Santo. Um dia, ao visitar a cidade vizinha de Cachoeiro do Itapemirim, na praça Jerônimo Monteiro, viu pela primeira vez em sua vida um aparelho de televisão, exposto numa loja.

Segundo o seu relato ele notou que todos os que estavam ali ficaram fascinados com o que acontecia na tela e, naquele momento, fez um voto ao Senhor: “Não tem ninguém falando do Senhor nesse aparelho. Ah, Senhor, se o Senhor me der condições, um
dia eu estarei aí, falando só do Senhor”.

Em abril de 1964, ainda jovem, ele chegou ao Rio de Janeiro e, em 1968, teve início o ministério de R. R. Soares. Atualmente, a Igreja Internacional da Graça de Deus tem mais de mil templos abertos em todo o mundo. Desse número, mais de cem igrejas se encontram no Rio de Janeiro, onde tudo começou. Ela também conta com o Jornal Show da Fé, de tiragem mensal de 1,1 milhões de exemplares e com a Revista Graça
Show da Fé, com tiragem mensal de 180 mil exemplares com CD de brinde. Existe também uma revista infantil de histórias em quadrinhos, a Turminha da Graça, de circulação mensal e com CD de brinde. Conta com a gravadora Graça Music, que tem
lançado cantores gospel; dentre eles Kelly Lopes, Sandrinha, Jeanne Mascarenhas, Robby e Carlinhos Félix. Por intermédio da Graça Editorial tem publicado inúmeros títulos de livros evangélicos: "Como Tomar Posse da Bênção", "Quando o Pecado Secreto Dele Despedaça o Seu Coração", "Curai Enfermos e Expulsai Demônios", e o best-seller "Os profetas das Grandes Religiões"

Atualmente a Sede Internacional da Igreja Internacional da Graça de Deus encontra-se no Centro da Cidade de São Paulo, onde se realizam cultos diários.

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 20 de março de 2008

Lenda do Coelhinho


Tal qual todos os feriados religiosos cristãos, a Páscoa - celebração da paixão e da ressurreição de Cristo - também tem muitíssimos elementos pagãos. Essa foi a maneira inteligente que a Igreja encontrou no começo de seus tempos para "seduzir" fiéis, que relutavam em abandonar seus costumes antigos e aceitar práticas cristãs um tanto "sombrias" para eles.

Em português, Páscoa tem origem na palavra judaica Pessach, que significa transição. Mas em inglês o termo Easter - como nos conta o historiador Bede - mostra a clara proximidade com Eostre (ou Ostara), deusa anglo-saxã da luz cujo animal sagrado era uma... lebre. Diz-se que a mesma deusa é vista em algumas representações como tendo a cabeça do próprio animal.

Os espalhafatosos ritos em celebração a Eostre eram praticados durante o equinócio da primavera (celebrado em março no Hemisfério Norte), quando o dia e a noite tinham a mesma duração e a época era tida como fecunda (coelho/lebre são símbolos da fertilidade).

A Igreja acrescentaria a este "balaio" outro antiqüíssimo símbolo de fertilidade e renascimento: o ovo, que já aparecia nas culturas romanas e gregas antes de constar em práticas judaicas do Seder. Considerado "carne" por algumas culturas, era proibido consumir ovos durante o período da Quaresma. Assim, voltar a comer ovos na Páscoa marcava o fim de privações e jejum.

Por volta do século XVI, o Coelhinho da Páscoa ressurgiria no imaginário cristão através de protestantes alemães, ou assim diz a teoria. Estes religiosos queriam reintroduzir ou manter o hábito de comer ovos coloridos na Páscoa, mas não queriam introduzir suas crianças aos jejuns e abstinências comuns da época. Assim, os pequenos que se comportasse podiam aguardar a chegada do Oschter-Haws, que deixaria ovos em ninhos feitos nos chapéus das crianças. Os ovos, a propósito, eram de galinha e fervidos. Os ovos de chocolate e coelhinhos comestíveis que conhecemos hoje só teriam surgido, segundo relatos, no século XIX, na Alemanha.

Do norte da Europa, os costume do Coelho da Páscoa chegou até os Estados Unidos no século XVIII. Imigrantes instalados na Pensilvânia contaram a suas crianças sobre o Oschter-Haws e tornaram popular no país o hábito de "caçar ovos" no domingo de Páscoa.

Atualmente, a Páscoa, como tantos outros feriados, tornou-se um evento não necessariamente religioso. Sendo assim, o Coelho da Páscoa e seus ovos de chocolate aparecem em lares de toda sorte de credo, de judeus a ateus, de cristão a neopagãos.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Termina hoje o ultimatum. ‘Entreguem-se ou corte marcial’


Termina na meia-noite de hoje, horário chinês, a ultimatum das autoridades chinesas aos revoltosos tibetanos. Segundo o parlamento tibetano no exílio, as vítimas já chegam a centenas, mas o governo chinês sustenta que não disparou contra os manifestantes em Lhasa. “As versões do Dalai Lama são ridículas”, afirma o governo chinês. A notícia é do portal do jornal La Repubblica, 17-03-2008.

Enquanto isso o parlamento tibetano no exílio escreveu: “O fato de que as grandes manifestações iniciadas no dia 10 de março na capital tibetana Lhasa e em outras regiões do Tibet tenham levado à morte centenas de pessoas por causa do uso da força, deve ser levado à atenção da ONU e da comunidade internacional”.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Origem do vinho


Uma lenda grega atribui a descoberta da videira a um pastor, Estáfilo, que, ao procurar uma cabra perdida, encontrou-a comendo parras. Colhendo os frutos dessa planta, até então desconhecida, levou-os ao seu patrão, Oinos, que deles extraiu um sumo cujo sabor melhorou com o tempo.
Por isso, em grego, a videira designa-se por staphyle, e o vinho por oinos.

A mitologia romana atribui a Saturno a introdução das primeiras videiras.

Na Península Ibérica, ela era imputada a Hercules.

Na Pérsia, a origem do vinho era também lendária: conta-se que um dia, quando o rei Djemchid se encontrava refestelado à sombra da sua tenda, observando o treino dos seus arqueiros, foi o seu olhar atraído por uma cena que se desenrolava próximo: uma grande ave contorcia-se envolvida por uma enorme serpente, que lentamente a sufocava.
O rei deu imediatamente ordem a um arqueiro para que atirasse e um tiro certeiro fez penetrar a flecha na cabeça da serpente, sem que a ave fosse atingida.
Esta, liberta, voou até aos pés do soberano, e aí deixou cair umas sementes, que este mandou semear. Delas nasceu uma viçosa planta que deu frutos em abundância.
O rei bebia frequentemente o sumo desses frutos. Um dia, porém, achou-o amargo e mandou pô-lo à parte.
Alguns meses mais tarde, uma bela escrava, favorita do rei, encontrando-se possuída de fortes dores de cabeça, desejou morrer. Tendo descoberto o sumo posto de parte, e supondo-o venenoso, bebeu dele. Dormiu (o que não conseguia havia muitas noites) e acordou curada e feliz.
A nova chegou aos ouvidos do rei, que promoveu o vinho à categoria de bebida do seu povo, batizando-o Darou-é-Shah ( «o remédio do rei» ).
Quando Cambises, descendente de Djemchid, fundou Persépolis, os viticultores plantaram vinhas em redor da cidade, as quais deram origem ao célebre vinho de Shiraz.
A vinha era objeto de enormes cuidados, e o mosto fermentava em grandes recipientes de 160 litros, os guarabares.
Foi este vinho que ajudou a dar coragem aos soldados de Cambises na conquista do fabuloso Egito!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Primeiras Civilizações


Um pouco do básico...


este mapa é fundamental para uso em sala de aula.


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O Egito localiza-se no nordeste da África, banhado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pelo Mar Vermelho, a oeste pelo deserto da Líbia e ao sul pelo Sudão.

Seu território é cotado no sentido sul-norte pelo Rio Nilo.

O rio é responsável pela fertilidade das terras do vale, onde desenvolveu-se uma das primeiras civilizações, já que era responsável pela irrigação natural da terra, facilitando o trabalho agrícola das comunidades que passaram a produzir excedentes, possibilitando a organização do Estado e de uma sociedade mais complexa. Por volta de 3500 a.C. as populações que viviam às margens do Nilo deram origem a dois reinos: o Baixo Egito, na região do delta do rio, e o Alto Egito, no decurso do vale do Nilo Aproximadamente em 3200 a.C. Menés, que governava o Alto Egito, promoveu a unificação dos dois reinos ao invadir a região norte. A primeira dinastia, denominada Tinita, foi responsável por assegurar a unidade do país por cerca de 2000 anos.

Mesopotâmia é a denominação dada pelos gregos antigos à região compreendida entre os rios Eufrates e Tigre, que cortam um extenso vale e aproximam-se na região sul, onde desembocam no Golfo Pérsico.
Essa região é parte do "crescente fértil", área caracterizada pela possibilidade da prática agrícola, dada `a fertilidade da terra, produzida pelas cheias dos dois rios. Esse território é ladeado pelo deserto da arábia a oeste e pelo planalto do Irã a leste.

Um das característica geográficas que também influenciou o desenvolvimento da região é a distinção entre o norte e o sul.
Ao norte, região menos fértil e mais árida, onde predominam montanhas e planaltos, desenvolveram-se os povos babilônicos e assírio, que chegaram a dominar toda a região.
Ao sul encontramos áreas de planícies aluvionais, irrigadas pelas enchentes periódicas, onde desenvolveram-se as primeiras civilizações, chamadas sumerianas.


Mapa retirado do cd-rom Atlas de História Geral, da Editora Ática

Texto: Historianet

domingo, 24 de fevereiro de 2008

As musas

Após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos.
Zeus então partilhou o leito com Mnemósine, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo.
Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhados pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um mavioso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.

- Clio (a quem confere fama) era a musa da História, sendo símbolos seus o clarim heróico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado "Tucídide". Aos seus atributos acrescentam-se ainda o globo terrestre sobre o qual ela descansa, e o tempo que se vê ao seu lado, para mostrar que a história alcança todos os lugares e todas as épocas.

- Euterpe (a que dá júbilo) era a musa da poesia lírica e tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem, que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. Por estes atributos, os gregos quiseram exprimir o quanto as letras encantam àqueles que as cultivam.

- Tália (a festiva) era a musa da comédia que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada por vezes portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.

- Melpômene (a cantora) era a musa da tragédia; usava máscara trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos.

- Terpsícore (a que adora dançar) era a musa da dança. Também regia o canto coral e portava a cítara ou lira. Apresenta-se coroada de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. Alguns autores fazem-na mãe das Sereias.

- Érato (a que desperta desejo) era a musa do verso erótico. É uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita segura uma lira e com a esquerda um arco. Ao seu lado está um pequeno Amor que beija-lhe os pés.

- Polímnia (a de muitos hinos) era a musa dos hinos sagrados e da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca.

- Urânia (celeste) era a musa da astronomia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso. Representam-na com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com ambas as mãos segurando um globo que ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade a que os astrônomos/astrólogos pediam inspiração.

- Calíope (bela voz), a primeira entre as irmãs, era a musa da eloqüência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. É representada sob a aparência de uma jovem de ar majestoso, a fronte cingida de uma coroa de ouro. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.

Suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monteHelicon, na Beocia (musas beocias) e no monte Parnaso em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo).
Elas eram bastante zelosas de sua honra e puniam todos os mortais que ousassem presumir igualdade a elas na arte da música. O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais.
Elas também freqüentavam o Monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse de suas águas. Ao lado dessas fontes, as Musas faziam gracioso movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Vergonha - Trabalho escravo no RS

Ação do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e emprego detectou, a 38 quilômetros do centro de Uruguaiana, pela BR 472, uma propriedade rural que mantinha dez pessoas entre trabalhadores e familiares – conforme a subdelegada do MT no município, Ana Maria Torelly, - em condições subumanas. Entre os mais castigados pelo tratamento estavam o capataz e quatro alambradores. A notícia é do jornal Correio do Povo, 03-02-2008.

Nenhum deles soube dizer quanto recebiam e quando teria sido o último pagamento. Dormia em alojamento improvisado, junto a sacas de fertilizantes, agrotóxicos, veneno e outros químicos utilizados em lavoura de arroz, além de não haver banheiro e água potável para beber.

O estabelecimento pertence a quatro sócios, dos quais é arrendatário de boa parte da área. Trata-se de um negócio rural apresentado, aparentemente, uma situação jurídica complexa, acrescentou Ana Torelly. Na segunda visita de inspeção, realizada sexta-feira, dia 01-02-2008, além de fiscais do Ministério do Trabalho, também estiveram no local o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

O arrendatário já havia oferecido melhores condições aos empregados faltando, porém, o registro em Carteira de Trabalho e outras exigências previstas em lei. Também uma arma sem registro foi encontrada de posse do empresário rural.

Ana Torelly revelou que a equipe de fiscais especializados em segurança e saúde ficou impressionada com a capacidade de dominação dos proprietários sobre os trabalhadores. Da mesma forma com que se surpreenderam com a existência de comportamento dessa espécie em uma região considerada de excelência na relações patrões e empregados.
Para ler mais:
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Fonte: http://www.unisinos.br/_ihu/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=11987