domingo, 30 de novembro de 2008

Saída de Campo



Historiador sofre?

até pode ser que a gente 'sofra',

mas também tem muita coisa legal nesta vida de quem gosta de 'cavocar' em arquivos e em sítios.

Neste final de semana fomos em uma saída de campo para as missões jesuíticas

Muito legal.

Esta foto é de hoje pela manhã (a máquina que tá desregulada)... não se apeguem na data.

Depois posto mais fotos (lindas) e um vídeo bem legal, de um operador de telégrafo explicando como funciona... bem didático, espero que seja útil.

Por enquanto é isso, uma fotinho minha prá começar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Razões da Revolução Mexicana

O crescimento do México foi impulsionado no capitalismo agrário, industrial e financeiro ocorrido nas últimas décadas do século XIX (período do governo ditador de Porfírio Diaz).
A questão agrária foi fundamental para a eclosão da Revolução Mexicana. Segundo ALTMANN, a revolução mexicana foi uma revolução do capitalismo em seus moldes clássicos, com seu desenvolvimento a partir do campo. (p.33)
A agricultura tradicional, que interessava à parte mais importante do campesinato, entrou em acentuado declínio. A população indígena foi paulatinamente expulsa de suas terras, houve a formação dos primeiros grandes latifúndios, através a apropriação dos territórios indígenas e das terras da Igreja. De 1889 a 1893 mais de 10 milhões de hectares passaram das comunidades indígenas às mãos dos latifundiários. Simultaneamente, houve o aumento da pupulação proletarizada no campo, que se tornou proporcionalmente maior em relação à população total.
O empobrecimento desta população agrária (maioria) e a falta de perspectivas para a sustentação de um desenvolvimento da economia industrial fomentou movimentos revolucionários, fundamentados na luta pela terra com a bandeira da reforma agrária.
A revolução foi palco de reinvindicações de direitos que a população rural sentia usurpados. Foi motivada pelo desejo de reconquistar o passado e torna-lo vivo no presente.
Vários focos revolucionários se formaram no interior do México, estourando em fins de 1910 a Revolução Mexicana.
Barbara Lucas - 2008/02

domingo, 9 de novembro de 2008

Pacha Mama

A Deusa Pachamama é atualmente, a Deusa da Terra do Quecha (fazendeiros da comunidade isolada da montanha), assim como de todos os Peruanos, Bolivianos e de todo o nordeste da Argentina.

"Pacha" significa "tempo" na língua Kolla, mas seu significado engloba o universo, o mundo, o tempo, o lugar, enquanto que "Mama" é mãe. A Pachamama agrega um deus feminino, que produz e agrega. Ela é adorada em suas várias formas: os campos arados, as montanhas como seios e os rios caudalosos como seu leite. Refere-se também, ao tempo que cura as dores, que distribui as estações e que fecunda a Terra. Esta Mãe Terra teve seu culto idolatrado por todo o Império, pois era a encarregada de propiciar a fertilidade nos campos. Para garantir uma boa colheita, espalha-se farinha de trigo na plantação e celebram-se rituais em sua homenagem.

A Pachamama é considerada a Mãe dos homens, é ela que amadurece os frutos e multiplica o ganho. Tem o poder que lhe permite acabar com as geadas, pragas, assim como outorga sorte as casas. Também é conveniente solicitar sua permissão e proteção para viajar por territórios montanhosos. A sua influência benéfica impede que o "mal das alturas" afetem os viajantes.

Dizem que Pachamama é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses indígenas lhe devem obediência. Quando as pessoas deixam de respeitá-la, esta Deusa-dragão manda terremotos para lembrar os homens de sua presença.

Toda a natureza constitui o templo desta Deusa, mas dizem que sua morada encontra-se no Carro Branco (Nevado de Cachi) e conta-se que no cume existia um lago. Esta ilha é habitada por um touro de chifres dourados, que ao bramar emite pela boca nuvens de tormenta. A Pachamama é descrita como sendo uma índia de estatura baixa, com pés grandes, com um sombrero na cabeça e que aparece sempre acompanhada por um cachorro preto muito feroz. As víboras se tornam dóceis com sua presença e por vezes ela as faz de laço.


A Pachamama é considerada ainda, a criadora do Sol, da Lua e das Quatro Pachamitas, as estações, e como Deusa celeste habita a Constelação do Cruzeiro do Sul. Um mito sagrado conta que no princípio dos tempos Ela desceu das estrelas à terra para criar a vida.

Pachamama também é uma Deusa Tríplice que habita: o Céu "Janaj Pacha", a Terra "Kay Pacha" e as Profundidades "Ukhu Pacha". A oferenda de 1 de Agosto celebra essa tripla dimensão com o simbolismo das pedras, do céu e das estrelas.

A comida e a bebida: são os frutos de seu corpo terrestre.

O poço: seu útero e sua presença nas profundezas da terra.

Entre muitas crenças relacionadas com a PACHAMAMA, há uma advertência, que avisa que durante todo o mês de agosto, deve-se fazer uma cruz antes de sentar-se no solo e não tomar muito sol, pois a terra está aberta e faminta e pode nos levar.

Para a cosmogonia indígena andina, a chuva é masculina e Pachamama é sedenta, e é por isso que as sementes emprenham quando chove.